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| [ DI/UM ] |
| Curso de Especialização em Informática |
| Ano Lectivo de 2001/02 |
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Maribel Yasmina Santos
[Material em papel na Secretaria do DI]
O raciocínio espacial é o processo pelo qual a informação acerca dos objectos no espaço é utilizada para conhecer relacionamentos implícitos existentes entre os mesmos. Estes relacionamentos podem ser representados e manipulados quantitativamente, requerendo uma descrição completa da geometria dos objectos e seus respectivos relacionamentos, ou qualitativamente, através da utilização de identificadores qualitativos, os quais suprimem a necessidade de especificação geométrica das entidades envolvidas. Estas duas formas de representação de conhecimento espacial, e seus respectivos processos de raciocínio, retratam duas formas complementares de conceptualização e manipulação do espaço.
O raciocínio espacial qualitativo tem sido proposto como um mecanismo complementar de inferência de relações espaciais desconhecidas. É baseado na manipulação de um conjunto restrito de símbolos, como Norte, Sul, próximo, etc., para os quais tabelas de composição facilitam o raciocínio, permitindo a inferência de novas relações espaciais.
O raciocínio espacial qualitativo tem assumido um papel de destaque na área dos Sistemas de Informação Geográfica, uma vez que oferece mecanismos complementares de inferência, proporcionando ao utilizador o acesso a informação espacial desconhecida, e que de outra forma não estaria imediatamente disponível.
Nesta apresentação serão abordados os princípios nos quais se baseia o raciocínio espacial qualitativo, salientando os tipos de relações espaciais existentes ( direcção, distância e topologia) e as abordagens ao raciocínio, homogénea, heterogénea e integrada, mais utilizadas.
O conceito de "vector de versão" tem estado na base do desenvolvimento de sistemas de ficheiros distribuídos e de outras aplicações de gestão de dados replicados. Estes vectores apenas cumprem correctamente a sua função quando assentes em contadores infinitos, algo que não ocorre na prática. Nesta sessão apresenta-se resultados recentes de investigação em curso com vista ao desenvolvimento de um substituto de tamanho fixo para vectores de versão.
Rui Rodrigues
A construção de modelos virtuais a partir de imagens estáticas é um campo em larga expansão. O seu objectivo consiste em criar uma cena 3D manipulável que represente com a máxima fidelidade a cena real de onde foram extraídas as imagens. O processo de reconstrução também pode ser utilizado para extrair apenas informação sobre pontos críticos da cena no âmbito de projectos de Realidade Aumentada. Neste seminário serão apresentadas algumas técnicas e os passos envolvidos. Em particular será dada ênfase a uma técnica em desenvolvimento no Departamento de Infomática.
José Luís Faria
Nos dias de hoje os dados/informação de qualquer instituição assumem grande valor estratégio e até asseguram a sua sobrevivência. É vital manter estes dados protegidos e longe do alcance das pessoas indejáveis. A segurança informática procura por vários meios e técnicas assegurar, dentro do possível, a protecção desses dados. Serão apresentadas algumas das principais vulnerabilidades dos sistemas, a par de técnicas ou meios para diminuir o risco de ocorrer perda/fuga de dados que os sistemas de informação mantêm. Serão abordadas, também, algumas políticas sobre segurança.
Bruno Dias
A gestão de redes TCP/IP tem sido sempre uma área em que o esforço de normalização não tem confirmado os benefícios que seriam de esperar duma tecnologia já com mais de duas décadas de evolução. A presente exposição apontará, em primeiro lugar, aquelas que parecem ser as principais razões que justificam a dificuldade do SNMP em se impor. A segunda parte da exposição inclui os conceitos mais recentes e úteis nesta área e que, de uma forma ou outra, tendem a ser incluídos numa estrutura integrada de gestão, em que o SNMP continua a ser a peça central. Entre outros, serão referidos mecanismos que permitam a implementação eficiente na gestão, de uma forma transparente ou não, dos conceitos de delegação, distribuição e hierarquização.
Carlos Parada, (PT Inovação)
Com a crescente utilização que a Internet actualmente verifica, tendo em conta o papel integrador de redes que muitos lhe atribuem no futuro, torna-se fundamental que ao nível do protocolo IP, a mobilidade seja suportada. Basicamente, a Mobilidade IP definida pelo IETF vem permitir que um terminal móvel se movimente entre redes diferentes sem que se perca a conectividade IP (associado a outros mecanismos complementares), sendo essa mudança transparente para os protocolos de transporte e camadas superiores, pelo que todas as aplicações deverão continuar a trabalhar normalmente sem que qualquer alteração seja perceptível. Tendo em conta que a Internet de nova geração está à porta (o IPv6), e que este foi já projectado tendo em conta um mais fácil e mais eficiente suporte de Mobilidade do que o dado pelo IPv4, é apenas sobre este que focamos as nossas atenções.
A apresentação começa por fazer um enquadramento à Mobilidade IPv6, referindo entre outras coisas, os seus objectivos e motivos de interesse, assim como cenários e ambientes de utilização. É feita a descrição do seu funcionamento genérico, referindo também aspectos do protocolo IPv6 que ajudam a que a mobilidade seja suportada de uma forma mais simples e eficiente.(...)
Albano Serrano
A utilização da tecnologia wireless em redes locais é actualmente vulgar. No mercado existem imensos produtos de qualidade, compatíveis e com custos tão atractivos ao ponto da sua utilização já se alargar ao mercado residencial.
Emerge, entretanto, um outro interesse por este tipo tecnologia wireless: a interligação de redes locais. Em determinadas situações é bastante vantajoso a utilização de soluções wireless em vez de soluções baseadas em circuitos comutados ou dedicados fornecidos pelos operadores de comunicações.
Nesta apresentação será analisado um caso prático que ilustra esta realidade: a rede de interligação de edifícios da Universidade do Minho em Braga. Serão focados os vários aspectos de implementação desta rede que interliga várias redes locais que encontram distribuídas pelos vários edifícios da Universidade.
Luís Soares Barbosa
Automata, objects, transition systems, state-based software components, stream-like structures used in lazy programming languages, are examples of computing systems which are hardly definable (or even simply not definable) in terms of a complete set of constructors. Such `systems' are inherently dynamic, possess an observable behaviour, but their internal configurations remain hidden and have therefore to be identified if not distinguishable by observation.
This talk discusses how the intuitive symmetry between "construction" and "observation", which pervades computer science, emerges from a precise mathematical duality relating "algebras" (regarded as abstract descriptions of "data structures") and "coalgebras" (as models of "behavioural patterns").
It is also discussed how such structures can be characterised by "universal" properties which entail definitional and proof principles, i.e., a basis for the development of program calculi directly based on (actually, driven by) type specifications. Moreover, such properties can be turned into programming combinators and used, not only to calculate programs, but also to program with.
José João Almeida
Apresentação de um modelo para transformação de texto escrito em som através de sucessivos processos de reescrita ligado a transformar os elementos não textuais em texto, a fazer a divisão em sílabas, detecção de sílaba tónica, transcrição fonética, alterações ligadas a palavras adjacentes, entoação de palavra, entoação de frase.
Ao longo da apresentação serão afectuadas várias exemplificações.
Pedro Félix Alípio
Esta apresentação fará uma abordagem genérica à necessidade do uso de sistemas de detecção de intrusões, focando também o actual estado da arte.
Os sistemas de detecção de intrusões podem ser classificados segundo várias perspectivas relativamente: à arquitectura (host e alvo na mesma localização ou em localizações separadas); aos objectos (responsabilização os resposta); à estratégia de controlo (centralizada, parcialmente distribuída ou totalmente distribuída); relativamente ao tempo (tempo real ou intervalos); ràs fontes de informação (baseado no tráfego de rede ou em logs do sistema ou aplicações) e finalmente, ao tipo de respostas (resposta activa ou passiva) (...).
Um sistema de detecção de intrusões baseado na análise do tráfego de rede em tempo real que mantenha estado, que permita a análise de payloads, que permita a reordenação de unidades de tráfego fragmentadas, que permita relacionar temporalmente eventos, que não tenha um desempenho exponencialmente degradado face ao aumento do número de regras, é certamente um bom sistema de deteção de intrusões e uma grande contribuição para a segurança dos sistemas informáticos.