Especificação Formal de Interfaces
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Na Engenharia de Software, a necessidade de correcção dos sistemas desenvolvidos e de clareza e tratabilidade das especificações produzidas, levou ao aparecimento de Métodos Formais de Especificação.
De igual modo, na área de IHC têm sido feitos estudos para aplicar métodos formais ao desenvolvimento de Interfaces (quer derivados dos anteriores, quer desenvolvidos especificamente para este caso).
Os métodos formais aplicados na área da Engenharia de Software vêem-no como uma construção matemática e procuram descrever o comportamento dos sistemas de forma rigorosa e abstracta, libertando assim a especificação de pormenores de implementação concreta.
Em IHC, para além do Software é necessário considerar também o utilizador, com as suas características de imprevisibilidade, imprecisão, incorrecção, etc.
Deste modo, a investigação na área tem sido conduzida basicamente segundo uma de duas perspectivas [Abo92]:
- Numa, é dado ênfase ao ponto de vista do utilizador. Tendo como principal preocupação os aspectos psicológicos, cognitivos e sociológicos da interacção, procuram desenvolver-se teorias que modelem o seu comportamento. À classe de modelos produzidos nesta área de estudo chamaremos Modelos Cognitivos.
- Na outra, os investigadores focam mais o ponto de vista do sistema, preocupando-se com os aspectos relacionados com a Engenharia de Software, considerando muitas vezes que os aspectos ergonómicos só por experimentação poderão ser analisados.
Temos então Modelos Estruturais e Modelos de Especificação da Interface (principalmente Especificação do Diálogo).
Independentemente do seu tipo, um bom modelo deverá possuir, idealmente, as seguintes características [Was85][Jac83]:
- A especificação deverá ser de fácil leitura.
- Deverá ser preciso e formal, não deixando dúvidas quanto ao comportamento do sistema.
- Deverá facilitar a verificação da consistência.
- Deverá ser suficientemente poderoso, de modo a permitir especificar sistemas minimamente complexos.
- Deverá especificar apenas o que o sistema faz e não como o faz.
- Deverá permitir a construção de um protótipo a partir da especificação da interface.
- A sua estrutura deverá estar relacionada com o modelo mental que o utilizador tem do sistema.
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Jose Franscisco Creissac Campos
Wed Jan 31 20:30:35 MET 1996