Objectivos



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Objectivos

Apesar da grande quantidade de tecnologia disponível, a construção de uma interface é ainda um processo difícil e demorado, sendo, frequentemente, necessário recorrer a protótipos para experimentação e validação das decisões tomadas ao longo do processo de desenvolvimento.

A causa fundamental deste estado de coisas prende-se com a falta de bases teóricas adequadas que permitam conhecer em profundidade os mecanismos pelos quais se estabelece o diálogo entre o Humano e o Computador. É esse conhecimento que permitirá o surgimento dos modelos formais e das ferramentas que possibilitarão um desenvolvimento mais rápido e seguro das interfaces. Torna-se então evidente a necessidade de aplicar métodos formais ao desenho e implementação da camada interactiva dos sistemas, tal como se faz já para a sua camada computacional.

As abordagens actualmente propostas pecam, de um modo geral, pela demasiada separação entre a aplicação e a interface. Embora um sistema interactivo deva ser separado em camada computacional e camada de diálogo, uma boa interface não pode estar "isolada" da aplicação, devendo apresentar suficiente feedback semântico para que o utilizador consiga interpretar em cada instante o que se está a passar.

No trabalho aqui descrito é apresentado um método para especificação de interfaces orientadas ao comando (Guiões de Interacção) em que é posta especial atenção na ligação semântica entre a interface e a aplicação (cf. Modo Assistido [MO90]).

A especificação de diálogos assíncronos, especialmente os concorrentes, é outro aspecto difícil de tratar pelas abordagens tradicionais (Gramáticas, Diagramas de Transição de Estado). É proposta a utilização de uma linguagem de descrição de traços possíveis de eventos como modelo de especificação de diálogo dos Guiões, sendo utilizadas Petri Nets como modelo de implementação.

Com o conhecimento do funcionamento de um sistema surge a tendência para a sua automatização. Neste contexto é apresentada a arquitectura de um Sistema de Gestão de Interfaces com o Utilizador para a linguagem CAMILA - uma linguagem modular de especificação por modelos -, o GAMA-X. A implementação da componente de runtime do sistema (Módulo de Interacção com o Utilizador) permite demonstrar as potencialidades do método proposto.



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Jose Franscisco Creissac Campos
Wed Jan 31 20:30:35 MET 1996