A este nível podemos considerar, por um lado, quais os tipos de diálogo que é possível especificar, por outro, até que ponto a notação é de fácil utilização e leitura.
Ao permitirem a especificação de diálogo concorrente, os Guiões de Interacção são, à partida, superiores às metodologias tradicionais baseadas em Gramáticas e em Diagramas de Transição de Estados. Ao estarem orientados para a descrição de um tipo particular de interfaces (para linguagens de comandos) não têm a flexibilidade expressiva apresentada por abordagens mais genéricas como as propostas em [Jac86] ou [Abo92]. Em contrapartida, o elevado nível de abstracção a que a especificação é efectuada (cf. secção 5.7.3) e a utilização de uma notação para descrição dos traços possíveis de eventos - em conjunto com a utilização de subdiálogos que se compoem para formar o diálogo global - tornam a notação dos Guiões compacta e simples, oferecendo uma relação expressividade/complexidade favorável. A utilização de notações gráficas apresentaria, aparentemente, vantagens. No entanto, como normalmente essas notações necessitam ser traduzidas para formas textuais, essas vantagens perdem-se, sendo, muitas vezes, as notações textuais utilizadas de difícil leitura.