A possibilidade de especificar diálogo sensível ao contexto da aplicação é um factor primordial na obtenção de interfaces de boa qualidade. Podemos considerar a informação necessária para tal a dois níveis: condições relativas ao estado da aplicação (as quais devem ser testadas a priori) e condições relativas aos argumentos das operações (que serão testadas a posteriori).
Na maioria dos casos os formalismos existentes não contemplam o tratamento simultâneo das duas situações. O TBNF, as Gramáticas Multiparty, ou a metodologia proposta por Jacob em [Jac86], por exemplo, prevêem apenas a validação das acções do utilizador a posteriori. Os UIP's possibilitam a especificação de condições que se devem verificar para que eles possam ser activados, mas não a validação posterior das acções do utilizador. O formalismo proposto por Abowd em [Abo92] inclui o tratamento dos dois casos. No entanto, a separação entre camada de diálogo e camada computacional não é respeitada, já que o diálogo e a camada computacional são especificados em conjunto. Os Guiões de Interacção, respeitando o Princípio da Separação, permitem a especificação dos dois tipos de condições, através das cláusulas CONTEXT e TRANS, procurando-se, deste modo, alcançar as vantagens da separação entre as duas camadas, por um lado, e de uma ligação forte (mas metódica) entre elas, por outro.